Neste mês de agosto, muito se fala sobre Vocações. No primeiro domingo, celebramos o Dia do Padre, no segundo domingo Dia dos Pais(Vocação Familiar)no terceiro domingo pessoas consagradas(Religiosos e Religiosas) e no quarto domingo Catequistas.
Mas quero falar de Vocação como Igreja, que acontece decepções, ressentimentos e conflitos nas Paróquias, Pastorais e Movimentos. Algumas pessoas as vezes querem abandonar tudo e deixar o serviço que prestaram nas Comunidades. Mas o que não podemos esquecer é que a Igreja é Santa e Pecadora. Pecadora por ser constituída por pessoas frágeis, limitadas e abertas a erros, como eu e você.Pessoas que apesar de tudo, estão tentando ser dicípulas de Jesus Cristo, mesmo que seu processo de conversão ainda esteja longe do ideal. Quando formou o grupo dos Doze, Jesus escolheu a dedo e olhando-os nos olhos. Mesmo assim, teve que administrar conflitos entre eles e suas decepções. Lembremo-nos de alguns fatos:
*Os Apóstolos, discutindo sobre quem seria o maior;
*Judas que O traiu;
*Pedro que O negou três vezes.
Estas dificuldades que Jeus enfrentou deveriam nos levar a pensar em como Ele orientou os discípulos e como ainda podemos ser orientados hoje ,nos momentos de conflitos comunitários. Jesus estabeleceu algumas normas fundamentais na Igreja nascente, mas que servem para nós hoje. São elas:
*Dizer sempre a verdade: sim quando é sim, não quando é não;
*Estabelecer uma relação de ajuda mútua,
*E, talvez o ponto mais difícil em nossas Comunidades: amar aos inimigos.
O Capítulo 18 de Mateus reúne vários " puxões de orelha", que Jesus dá em seus discípulos e também em nós, em nossas intrigas, vaidades, feridas, fuxicos e conflitos.
Conversão ás coisas Humildes( Mt 18, 1-4)
"Ninguém é maior que ninguém. Estamos todos a serviço do Reino de Deus. Todos os serviços, dos mais simples e humildes aos mais elevados, são necessários e têm o mesmo valor aos olhos de Deus. As funções podem ser diferenciadas, mas o serviço é prestado ao único corpo místico que formamos, a Igreja. Jesus nos fala da necessidade de sermos simples como as crianças, de nos convertemos crianças. Este texto me faz pensar em pessoas que falam abertamente em não participar da Igreja, porque não gostam do Padre. Uma criança, por mais que seu Pai tenha defeitos, não se importa e não hesita em amá-lo. A pessoa não teria, também neste aspecto, a necessidade de conversão? Sem dúvida nenhuma alguns dos dons e habilidades de um Padre ajudam na missão. Porém, o que realmente importa é que o simples fato de ser Padre garantirá o que os cristãos mais precisam: Jesus Eucarístico e o perdão dos pecados( missa e confissão ). Por mais que um Padre tenha fama de santo, cantor ou orador, sempre será um homem, como disse Pedro a Cornélio:" Sou apenas um Homem". A diferença é que ele é ungido por Deus, para exercer os sacramentos acima citados."
Fica a reflexão, que nós não devemos ser motivos de queda para os mais fracos na Fé. Nossa desunião e constantes brigas, ressentimentos e ódio, só servem para envenenar nossas ações e encaminhamentos pastorais, são contra-testemunhos. São Francisco de Assis nos adverte:" Pregue sempre o Evangelho e, quando for necessário, use palavras." Devemos sempre observar os nossos Atos, para podermos dizer que somos Cristãos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário